Eu adoro roubar. Quase ultrapassa o meu amor pela comida. Por um tempo, enquanto recuperava do vício de roubar, eu tinha que manter minhas mãos coladas nos bolsos das calças. Contudo o exortar do vil vício tomava conta de mim. Vocês compreendem, eu sou um homem que nasceu com forte instinto. Quando eu era criança esse mesmo instinto fez-me ficar preso numa “caixa de choro” porque tudo o que queria fazer era correr quando eu ainda só poderia gatinhar. Já crescido, jovem adulto o meu forte instinto levou-me para uma vida que se revelaria cheia consequências negativas. Contemplei homicídios, suicídios e uma sem número de vinganças. Nessa altura eu aprendi como distinguir entre quem me serviria e os que não. Roubos, mentiras e sexo preenchiam o meu dia, foi sentido mais adequado que encontrei para a minha vida. Eu, simplesmente, era bom nestas coisas, por que não fazer disso um trabalho para mim? E assim começou a minha vida de roubo.
Comecei como um ladrão mesquinho. Cassetes, CD's, autocolantes, gel, pastas de chocolate, qualquer coisa que fosse bastante simples de esconder nos meus bolsos. Eu percebi que eu tinha um talento inato para roubar quando passei anos sem ser apanhado. Na Faculdade eu comecei com o meu próprio “negócio”, uma espécie de stand no meu quarto de dormitório composta de todos os itens roubados. Eu era famoso como o homem que tudo conseguia... Eu tinha mais dinheiro do que alguma vez tivesse imaginado, as mulheres atiravam-se a mim como jamais haviam-no feito. Um dia fui apanhado enquanto roubava CD's e óculos de sol. O segurança que me apanhou à saída irritou-me tanto que dei-lhe um murro no olho, o que o levou a cair de costas no chão. Nesse momento fui agarrado por outros dois seguranças que me ameaçaram de morte naquele instante.
O resultado foi apenas uma noite numa cela da esquadra. Nada de especial, comparado com a ira dos meus pais no dia seguinte. Voltei para a Faculdade, com os bolsos vazios e uma reputação de ladrão, o que me conferiu uma aura mística junto dos meus colegas. Passei a dar aulas de como se rouba, a minha primeira escola de crime. Estava tão orgulhoso com o que tinha alcançado! Em pouco tempo tinha reaberto o “negócio”.
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